quarta-feira, 30 de junho de 2010

O SPRINT FINAL

O SPRINT FINAL de Kika Coutinho

Todo corredor já viveu a experiência. Quem não é corredor viveu também, mas, talvez, desconheça o nome. Explico: se você decidir correr uma maratona, meia maratona ou 5kms, quando chegar no final, você sentirá que está esgotado. De alguma forma, enquanto seu corpo e suas pernas imploram pra parar, você saberá que falta 1, apenas 1km. É nessa hora, é justamente quando você acha que pode passar mal, morrer e ser atropelado pelos outros corredores, que você enxerga - talvez ainda um pouco longe - a linha de chegada. Aí, contrariando todos os órgãos do seu corpo, ao invés de parar, você faz o inesperado e corre mais.
Acelera os seus passos movido por uma energia até então desconhecida, encanta seus pés e sobre eles atinge o seu recorde de velocidade.Eu nunca entendi bem essa força. Nunca acreditei nela, mesmo sabendo-a real. Eu sempre duvido que ela me seja presenteada, mas, contrariando todas as expectativas, ao ver a linha de chegada, normalmente uma faixa amarela no alto, essa força inédita me invade e então, movida por ela, dou o meu sprint final. As últimas passadas são as mais demoradas e as mais velozes.
E assim o é para todo mundo, inclusive os não-corredores. Pode ser os seus últimos dias em um trabalho que odiava. Não agüentava mais, estava insuportável, os dias eram infinitos em sua chatice cinzenta, mas, avistando o fim ali, a meio período de um aviso prévio, você pode encontrar um gás desconhecido e dar seu sprint final. É difícil, talvez o momento mais difícil do percurso, mas é quando avistamos o fim de um tormento que ele deixa de ser um tormento. É antes, é naquela linha tênue que divide o fim da dificuldade do começo do desejo, que mora a tal felicidade. Não é no desejo completo. Não é na plenitude do descanso, horas depois da corrida. É na doce visão de que o descanso está pra chegar. É naquele pequeno instante em que ele chega, você respira e dá uma golada de gatorade. É ali, nessa fração de tempo, que habita com mais intensidade a nossa alegria de uma conquista.O seu gatorade pode ser uma reforma que está pra terminar, e quando ela tornar-se um transtorno maior do que você poderia supor, é justamente aí que você verá que não falta tanto assim e, afinal, ainda tem um gás. Ele é o seu sprint final.
O “não agüento mais” é uma farsa. VOCÊ AGUENTA!!!. Talvez nem devesse, talvez devesse entregar-se à exaustão e permitir-se parar antes do fim. Talvez. Há os que são contra o sprint final. Dizem que, se você não agüenta mais, deve terminar a corrida andando, ainda que a passos lentos. Mas isso será ainda mais doloroso e longo, acreditem. Outros vão mais longe e pregam a desistência. Encerre a corrida, o importante é participar, saia pelo canteiro à esquerda, encoste-se a uma árvore e relaxe, você deu tudo o que podia. Deu mesmo? E o sprint final? Cadê?Pois eu, ainda com dor nas pernas, digo que caprichem no seu sprint final. É ele que te leva mais longe do que você pensava agüentar. É ele quem te mostra que você é, afinal, mais ainda do que pensa que é. Ele te dá um toque de HERÓI, de MÁGICO, de SUPERPODER. Sim, você tem SUPERPODERES. Brinde-os com gatorade no final.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

A Fila Anda...

Somos muitas vezes colocados em situações que ficamos receosos e acuados, de forma na qual o medo nos arrasa e nos coloca em xeque. Sabemos que muitas dessas situações são provocadas por nós mesmo, mas existem outras que estão fora de nosso alcance.
Vivo hoje um momento mágico em minha vida. Quando ouvi pela primeira vez que “a fila anda...” fiquei sem entender a complexidade de frase, mas hoje compreendo que mais cedo ou mais tarde, o final ou a vez é passada. Como numa fila de banco, sua vez vai chegar. A data de vencimento, de validade ou de durabilidade no que você está vivendo ou passando, em certo dia, chega ao fim e a fila anda.
E com isso, vamos buscando novos desafios, novas perspectivas e novos horizontes. E por mais que não acreditamos, isso é certo, temos que buscar a constante evolução de nós mesmos. Sabemos que o que Deus quer para nós é sempre o melhor.
Incrível e analogicamente falando, a paz e a tranqüilidade são as duas coisas que fundamentam os valores e tudo que embasa aquilo que queremos e vamos mplementar.
Sabemos que estamos condicionados às condições, mas temos que condicionar também ao nosso bem próprio e a nossa felicidade própria.
Resmungar, lamentar, chorar ou murmurar sobre os fatos e as perdas que temos, fará com que apenas deixemos com que possibilidades de grandes oportunidades sejam criadas em nossa vida. Temos que ter a consciência que podemos mudar o estado espiritual e o rumo da nossa vida.
Amor é a estratégia para que solidificarmos o plano pelos qual conseguiremos obter o sucesso que é tão falado e dito entre todas as pessoas. Somente amando o que fazemos, o que buscamos e tudo que nos cerca, conseguiremos fazer com que a fila ande e pare, quando chegar a nossa vez.
Raridades ainda existem e só quando estivermos abertos e com nossa percepção apurada para entendermos o que acontece em nossa volta, é que veremos e deleitaremos dessas raridades. Muitas vezes temos que desfazer os laços que nos impede de crescer, mesmo sabendo que ao desfazê-los haverá tristeza e insatisfações, porém, temos que seguir para o melhor, para o nosso objetivo.
Tudo isso que estou vivendo só me leva a crer que alguns perderam, mas acredito que muitos estão ganhando com os acontecimentos pois vejo solidificação em valores mais importantes, como amizade. Isso é fato!
Buscamos algo que muitas vezes nem sabemos o que é. Às vezes estamos em uma fila e nem sabemos para que ela serve. Se não sabemos onde queremos chegar, qualquer lugar serve. O foco no nosso objetivo é essencial para a nossa felicidade, e é ela que tem que ser conservada.
E cientes do que queremos, usaremos todas as nossas forças e faremos “das tripas, coração” para adentrar ao seleto grupo dos 5 por cento que realmente fazem a diferença e não são medíocres. Sei que não fazemos faltam, mas podemos fazer a diferença.
Intensamente qualquer acontecimento faz com que tomemos uma decisão e com ela uma atitude, e será essa atitude que abrirá as portas para a nossa excelência de vida. Nunca podemos nos esquecer que somos a pessoa mais importante, e, assim sendo, somos o número um de nossos desejos e anseios.
Realmente é muito difícil colocar em prática as teorias visionárias daqueles que estão no ápice, num momento totalmente divino. Mas a primeira coisa que temos que fazer é excluir o medo e arriscar naquilo que fundamentalmente nos faz bem, nos faz feliz e nos propicia crescimento.
“O medo é o calabouço no qual o espírito se refugia, procurando esconder-se. O medo gera a superstição e a superstição é o punhal com que a hipocrisia assassina a alma.”

terça-feira, 8 de junho de 2010

Precauções

A natureza torna tudo muito simples. Entretanto somos nós que complicamos. Mas muitas vezes deparamos com situações que não analisamos as conseqüências de nossas decisões. Refletimos somente sobre a decisão em si. Tomamos a decisão que mais nos é cômoda quando vemos um caminhão de problemas.
“É mais fácil matar do que ressuscitar!”, ouvi essa frase de um grande amigo. Muito complexa, de uma grande profundidade, uma lição. Essa frase pode ser aplicada em quaisquer circunstâncias de nossa vida.
Posso dar aos montes exemplos de como as pessoas preferem matar a ressuscitar. É mais fácil procurarmos outro trabalho e pedirmos demissão, no qual estamos insatisfeitos e desmotivados do que buscar satisfação e motivação naquilo que atualmente estamos fazendo.
É muito mais cômodo, para a namorada “meter o pé” no namorado, mesmo sabendo que ele é o grande amor da vida dela, do que tentar, de alguma forma resolver o que está estragando a relação. Ou entender o que está passando pela vida do outro, sei lá, buscar uma solução. Acredita ser mais fácil deletarem o problema do que resolvê-lo.
Quando fazemos algo que depende única e exclusivamente de nós é bem mais fácil, pois sabemos que os resultados, as conquistas, as vitórias estão nas nossas mãos. Mas quando colocamos mais alguém na parada, a vaca quase vai pro brejo!!! Costumo fazer uma analogia disso me referindo a uma corrida de bastão, onde temos quatro corredores, com um só objetivo. Entretanto se o primeiro der tudo o que tiver para ser o grande vencedor na passagem do bastão, mas o segundo não estiver muito “afim” de ganhar, de nada adianta o esforço do primeiro.
O que não podemos é mudar a nossa natureza, nossos valores, nossos princípios. Se pudermos melhorar, aperfeiçoar nossas virtudes, com certeza, será muito melhor para nós e para os que nos rodeiam. O que não podemos é deixar com que a natureza alheia mude a nossa para pior.

“Um Mestre Oriental viu um escorpião que estava afogando, decidiu tirá-lo da água, mas quando o fez, o escorpião picou-o. Como reação à dor, o Mestre soltou-o e o animal caiu à água e de novo estava a afogar-se. O Mestre tentou tirá-lo outra vez, e novamente o escorpião picou-o. Alguém que tinha observado tudo se aproximou do Mestre e disse: - Perdão, você é teimoso? Não entende que de cada vez que tentar tirá-lo da água ele o picará??! O Mestre respondeu: - A natureza do escorpião é picar e isso não muda a minha natureza, que é ajudar. Então, pegando um ramo, o Mestre retirou o escorpião da água e salvou-lhe a vida. Não mudes a tua natureza se alguém te magoar...Apenas tome precauções! (anônimo)”

Muitas vezes, deixamos de lado, o que sempre almejamos na vida por causa do que fizeram conosco e conseguiram alterar a nossa natureza para pior. Temos que nos manter em constante crescimento, buscando cada dia mais valores que venha realmente fazer a diferença no nosso meio.


Acreditem em Deus!